Show Miúdo(s) – Vitinha e Fábio nos cinco golos azuis

Sérgio Conceição deixou-se de pudores e depois de um tremendo pela intensidade competitiva confronto em Madrid, soltou o talento como principal factor de decisão na constituição da equipa.

Vitinha acompanhou Uribe no duplo pivot do meio campo no momento de defender, Fábio Vieira acompanhou Taremi na primeira linha de pressão, e nos corredores defendiam Luis Diaz e Otávio. Eles que em processo ofensivo galgavam metros para o espaço interior.

Foi num modelo híbrido pela troca de sistema aquando de diferentes momentos – 4x3x3 em posse; 4x4x2 em Organização Defensiva – que o Porto abordou a recepção ao Moreirense.

4x4x2 em Organização Defensiva

Fábio Vieira baixava aquando do momento da posse, para ter mais bola e Luis Diaz e Otávio projectavam-se para o redor de Taremi, enquanto por fora surgiam Wendel à esquerda e João Mário à direita

No dragão, e apesar do imenso talento individual, o ritmo foi de pós Champions. Circulação lenta, perante um Moreirense muito capaz de se fechar defensivamente, e embora a mobilidade do trio do meio – Vitinha, Uribe e Fábio Vieira – pudesse prever dificuldades, a realidade trouxe um jogo morno, e com um Porto a permitir que o Moreirense amiúde fosse capaz de sair e respirar no jogo.

Sem criação, mas também sem nunca sofrer sobressaltos de maior, o lance maior do primeiro tempo acabou por ser a iniciativa de Vitinha que furou de fora para dentro, no lance em que Taremi se viu derrubado, depois de alguns ressaltos na área da equipa de Moreira de Cónegos. De penalty o iraniano desbloqueou o resultado.

Ao contrário do que se poderia pensar, o talento não trouxe uma primeira parte excitante – essa estava guardada para o segundo período – mas antes uma toada morna, até pelo tempo que o Porto, menos intenso, demorava para resgatar a posse para si, para poder asfixiar a equipa de João Henriques.

O segundo período não poderia ter começado de melhor forma para o FC Porto. Um erro do guardião Pasinato numa bola interceptada por Fábio Vieira que rapidamente a endossou a Luis Diaz, possibilitou o quarto golo na competição ao prodígio colombiano.

Resultado e jogo aberto, hora do talento desabrochar. Não tardou o terceiro num contra ataque fabuloso – Da procura de Taremi, sempre ele o elemento que fica para receber e ligar com a velocidade dos colegas, até ao carregar da transição por Fábio Vieira que descobriu Luis Diaz para mais um. E vão cinco em seis jornadas de um… extremo!

Com classe a contornar Pasinato, marcou Taremi depois de uma bomba de Vitinha.

E feliz do treinador que vai ao banco buscar Corona, Pepê e Francisco Conceição em simultâneo. Chico com um passe sensacional descobriu nova ruptura de Fábio Vieira em zona de criação, para uma assistência açucarada – a terceira! – que fez Pepê descobrir o caminho mais fácil para o quinto golo!

Os miúdos (Vitinha e Fábio Vieira) estiveram nos cinco golos!


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